Eu Sou...


Sou fruto de um relacionamento que infelizmente não deu certo. Meus pais se separam muito cedo. Não tenho lembranças deles juntos. Sou o quinto filho da minha mãe e o terceiro do meu pai. Eu tive uma infância muito bacana que apesar de difícil foi muito legal, a pobreza não nos limitou de sermos felizes no meio de tantas adversidades e preconceitos que vinham ao nosso encontro. Eu lembro do meu irmão Leandro quando ele andava pela rua com uma cueca cor vinho que hoje não sei onde encontrar, eu tinha vergonha então sempre ficava dentro de casa, não atrás do portão porque naquela época nos não tínhamos. Estou relatando isso para dizer como o mundo mudou a PEDOFILIA esta ai tomando conta de tudo. Sempre brincávamos de rabiscar como não tínhamos dinheiro para compra lousa rabiscávamos o asfalto inteiro, isso era de noite, pois maioria das vezes estava esperando a minha mãe chegar do serviço. (Ela era doméstica, hoje é minha Patroa). Os vizinhos sempre reclamavam da rabisqueira na rua, só lembrávamos de Deus quando chovia, pois ai ele nos livrava de um puxão de orelha básico. E quando chovia dava para brincar na corredeira que a chuva fazia na rua do lado de casa (Porque essa rua é uma pequena subida). Não era muito de brincar com os meninos, brincava bem pouco. Eu já fiz tantas artes, mas nem sempre a minha mãe me batia, lembro de uma vez que eu queimei o braço da Josana com a panela quente vixi foi muito legal (se é verdade que todo ser humano tem uma Cruz a carregar a minha era a Josana). Ela me torrava as paciências quando minha mãe decidiu viajar para a casa de meus avós eu só não fui por causa daquela cruz. Parece que ela tinha o prazer em me atazanar, dificilmente ela lavava louça só era eu entrar no banheiro para tomar banho lá ia ela lavar louça só para me irritar, pois a água subia para o chuveiro bem fraca, Mas Deus é bom rsrsrs! Hoje ela tem uma filha que é o reflexo dela na infância "O menininha ranheta!! (É uma bênção) “.


   Meu pai apesar de não morar conosco sempre foi um pai muito preocupado e presente, teve épocas que a cada semana meu pai me pedia perdão (era um desejo incessante de nos fazer sentir bem com a presença dele). Ele sempre ajudou da maneira que ele podia, mas certamente no que mais surtia efeito não era o arroz ou feijão que ele dava, mas naquelas partes que hoje ele talvez naum lembre. Quando éramos crianças ele sempre nos chamava de nego (os meninos) e nego (as meninas) eu pirava, mas sinto falta disso. Era legal quando ele vinha com aquela barba mal feita pedido um beijo no rosto e irritava todo meu rosto e a mim também. Era muito legal. ( mas dava uma raiva!! Rsrsrs).

   Teve uma vez lá pelos meus 13 ou 14 anos que minha cunhada a Ângela me livrou de levar um guache do meu irmão. Eu fiz uma burrada daquelas. Ele querendo brincar comigo segurou os meus braços e me prendeu dizendo:

-Quero ver você sair daqui agora?

   Eu na minha inocência de "criança” o único membro livre que eu tinha era a boca dai você imagina que eu fiz juntei a saliva e i.... Ele ficou maior bravo. Eu não fiquei assustado com isso não. O Que me assustou foi ver a Ângela tirando forças não sei da onde para segurar o leão. (Aquele dia certamente Deus me livrou).

   A minha irmã Joseane já ficou internada Duas vezes no Santa Tereza, Ela é mais forte do que a Ângela, fez um policial suar frio (soldado de Barrinha-sp) Essa menina era incrível na época da campanha política ela ia à oposição e falava que era o outro candidato que era bom dai você imagina com os eleitores simpatizantes ficavam né!!! (rsrsrs). O dia que ela fez o policial suar frio ela estava em frente à prefeitura chamando o Prefeito da época de ladrão (é porque minha mãe trabalhava no cemitério e não tinham respeitado pagamento dela conforme o contrato). Eu estava subindo e ela parecendo o Lula em greve dos metalúrgicos gritando. Po!! Meu aquele dia enxerguei minha irmã como uma sindicalista cobrando os direitos da nossa mãe. Dai é lógico que todo mundo chamou a policia militar para ela. Velho para que. Chegou a PM a colocou na viatura e levou na porta de casa. Os PM diziam para ela descer ela retrucava vocês me pegaram na porta da prefeitura me leve lá novamente e não desceu. O soldado foi tentar tirar ela a força que nada, não adiantou, teve uma hora que ele ficou maior nervoso e xingou. Meu e ela não saiu FOI INCRÍVEL. Ele teve que deixar ela novamente na porta da prefeitura.
 Depois disso ela ainda voltou para o Santa Tereza